Hoje abordarei um tema que me perturbou o dia todo, a morte. Graças a Deus ninguém da minha família morreu, mas estou acompanhando a história da irmã de uma amiga minha que está muito mal no hospital e fiquei tristíssima, pois se trata de uma criança. E como vocês já sabem, eu escrevo o que me inspira ou perturba. Neste caso, os dois.
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O que importa aqui é que eu acredito piamente que a morte do corpo físico não é um fim e que existe vários tipos de morte ao longo da vida. A morte de uma situação, a libertação de um relacionamento que só te trouxe males, o renascimento que a gente sente ao entrar na universidade, a vitória sobre a morte relevada no momento do parto, a morte da menina ao se tornar mulher( e não entendam isso no aspecto primeira relação sexual).
A morte tem aspectos interessantes, como o medo. Temos medo de morrer. E tenho medo de como vou morrer. Se vou morrer na hora certa. Se vou fazer tudo que eu quis fazer, antes de partir.
Outro aspecto da morte é o fato dela ser a base das religiões. Não dá pra falar de religião sem morte. Impossível, afinal, a religião nasceu para tentar explicar sobre o que acontece depois que a gente morre, não pra mostrar a luta Deus x Diabo. Pra mim, a religião é muito mais que isso.
Talvez você leitor tenha perdido alguém recentemente. Peço que não importa sua crença, não fique triste, mas sim, tenha saudades. Dar pro seu namorado sem camisinha não é prova de amor, é burrice. ter Saudades é sim prova de amor. Talvez a maior. Quem tem saudades ri de coisas boas, fica triste por não ter mais aquele ente querido perto, mas se alegra ao lembrar das coisas boas que este deixou. A morte tira o nosso chão, mas nos leva a pensar no transcendente. Nos faz mais carne e osso que qualquer situação. Nos faz humanos e nos põe em nosso lugar e nos faz lembrar de que somos invencíveis e incapazes. Mas a morte não vence o amor. O amor é um elemento maravilhoso que faz os mortos ganharem vida em nossos sonhos, não só isso, mas é o que nos faz erguer diante da perda. O amor é o que nos faz grandes e imortais em nossas mentes, mesmo que a morte diga que não. O amor não morre. Talvez seja a unica coisa humana, fora a alma, que não se acaba.
A morte nos faz crer no além de nossas vidas, mas jamais passa por cima desta. Não viva para morrer. Vida e morte são elementos opostos que se completam num ciclo eterno.
Eu acho que pra encerrar o texto, não adianta fazer aquela coisa tipo domingo legal "abrace quem está por perto e diga 'eu te amo'', não. Apenas viva e de valor a vida, só assim saberá se ama alguém ou se alguém te ama. Ame, mas só se for de verdade. Reveja seus erros, esqueça suas mágoas, chore, desabafe, se alivie. Não vale apena viver triste ou com pendencias. Trabalhe menos e vá ver um por-do-sol ou um nascer.
Dedico esse texto a minha amiga e a sua irmã. Desejo somente paz neste momento.
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