domingo, 20 de julho de 2014

"Planeta dos Macacos: O Confronto"












Aqui vai minha resenha do segundo filme de Cesar. E como sempre , tem spoiler.

Antes do filme em si, quero aqui dizer que as empresas de cinema devem ta ganhando uma grana com essas quase duas semanas de pré-estréia do filme. Ainda mais que sempre é em 3D. E as sessões sempre estão lotadas, quase não compro um lugar bom. Coisas do nosso capitalismo selvagem.
O filme começa mostrando a chamada "gripe símia" se espalhando a partir de São Francisco-EUA para todo os continentes, e com isso a população humana foi massacrada, e metade do que sobrou, morreu em conflitos armados decorrentes. As luzes das cidades que eram possíveis serem vistas do espaço, deixam de existir. Belo futuro pensarão pensarão alguns.
Depois voltamos para São Francisco, no caso, a floresta, e é mostrado Cesar com sua sociedade caçando durante a chuva. Devo dizer que durante essa cena caiu um pé-d'água na Doca que durou exatamente o mesmo tempo que a chuva na tela. Pensei que fosse efeito especial, mas não era :p 
Nessa caçada ficamos sabendo que Cesar já tem um filho, que mesmo falando, se usa a linguagem de sinais. Pós isso, temos um encontro com humanos, em que há uma agressão com um tiro em um dos jovens da sociedade de Cesar.
Dai por diante temos um filme em que se mostra a tensão entre duas raças que tentam sobreviver a seu modo, de preferência separadas. O personagem Malcom, interpretado por Jason Clarke, seria, junto com Cesar a possibilidade de se viver em paz, e até se reconstruir um mundo em que as duas raças pudessem viver juntas.
Porém, personagens como Dreyfus, interpretado por Gary "everyone"Oldman e Koba não pensam assim. Cada um quer que sua raça seja a superior, e que para isso a outra deve ser aniquilada. Em momentos distintos eles são contidos, seja por Malcom ou Cesar, mas o desejo de destruir o outro se mantém.
Tanto é mantido que Koba junto com outros macacos roubam armas. A cidade de São Francisco é mais conhecida como "Colônia" agora. E em um momento do filme, Cesar chega junto com seu exército nos portões da colônia e diz para os homens não mais os procurar, do contrário haverá guerra.
Mesmo com essa demonstração de força, já que numericamente os macacos são superiores aos humanos, Koba não aceita isso, só o contato com os homens o faz sentir um ódio incontrolável. tanto que questiona o amor de Cesar pelos de sua própria raça, já que para Koba os humanos viriam em primeiro lugar. Há de se ressaltar que Cesar não é nem um pouco burro, e busca a proteção de todos os seus pares, uma vez que sabe da existências de armas, e estas são muito mais mortais que as lançam utilizadas para caçar pelos símios.
Na cena do roubo das armas, começa ai uns erros  (podem me chamar de chato) do filme. Como ninguém estranha o fato dos dois soldados não darem mais sinal de vida? Afinal Koba vai ao Paiol e mata eles e ninguém se liga. Depois disto, Koba volta a cidade macaco, atira em Cesar, pensando que o tinha matado, toca fogo na sua própria cidade e comanda um ataque a colônia. Para quem está ansioso de ver um guaxinim com trabuco, tem como aperitivo um macaco com fuzil automático.


A cena de batalha é muito boa, macacos e pessoas morrendo, interessante como Koba que era um macaco de testes se torna um guerreiro tal que consegue matar dois homens dentro de um tanque, e depois o joga contra a parede. A ação feita a noite lembra um pouco embates de Walking Dead.
Com a colônia dominada, os macacos sobre comando de Koba, decidam manter em jaulas e gaiolas os humanos, e prender aqueles que ainda questionam sua liderança.
Cesar não morreu, foi salvo por Malcom e sua família e após uns dias surge na cidade e confronta Koba pela liderança dos macacos. Ao mesmo tempo, Malcom se encontra com Dreyfus e este diz que pretende destruir a torre onde os macacos estão reunidos.
Outro erro no filme, ou algo pouco explicado é a motivação de Dreyfus. Ele sabendo que poderia confiar em Malcom, que já tinha conseguido, mas não confia mas nele. E tentando salvar a humanidade se explode junto com mais dois oficiais que não queriam que ele destruísse a torre. Ao menos com eles por perto. Sem contar que parecem terem pego o Comissário Gordon para atuar lá, tendo em vista sua indumentária.
Após o confronto final entre Cesar e Koba, e com a morte deste, Cesar desce para receber as famílias símias que foram chamadas por Koba, para fazer da colônia a nova cidade macaco. Malcom aparece e diz a Cesar para sair da cidade, pois Dreyfus tinha conseguido contato com soldados ao norte, e estes estavam a caminho. Se os macacos permanecessem poderia ser considerado como declaração de guerra. Cesar diz que a guerra já havia sido declarada, e o que ele ia fazer era sobreviver na nova cidade macaco.

CONSIDERAÇÕES:

- O começo do filme foi meio morno, chegou a me dar sono, mas depois engrenou;
- A trilha sonora fez referência ao 1º filme da década de 1960;
- O porte e o físico de Jason Clarke também faziam referência a Chalton Heston, em especial na última cena;
- Não fizeram nenhuma referência ao astronauta do 1º filme, será que ele aparece em um vindouro 3º?
- Podem me chamar de maluco, mas acredito que o conflito que se passa na obra Planeta dos Macacos é atemporal, tanto que ao fim do filme, só lembrei do que acontece entre Ucrânia e Rússia & Israel e Palestina, só para ficar em alguns.

CONCEITO: Muito Bom.
NOTA: 8,5!

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