sábado, 3 de janeiro de 2015

Vou pedir pra voce voltar!

Nasci em 1990 e claro que ouvi Tim Maia no rádio, na tv, mas não era minha preferencia nessa idade, preferia as musiquinhas infantis. Porém nunca me recusei a ouvir, pelo contrário, sempre foi muito agradável aos meus ouvidos aquela voz rouca masculina, até nas músicas de temática triste. Tem uma coisa que eu acho que nunca contei pra ninguém, e estou contando agora, é que adoro saber da vida dos artistas. adoro. pra mim a trajetória de vida de um artista explica muito sobre a sua arte. Se eu disser que sou fã de Tim Maia há anos é mentira, apesar de sempre gostar de suas músicas. Eu não conhecia nada de Tim Maia além das músicas e seu famoso e triste show incompleto. Porém né, a Globo fez algo que preste e exibiu uma microssérie sobre a vida deste nobre artista, que me emocionou muito, inclusive agora escrevendo para voces. eu não sabia, por exemplo, que ele tinha lançado Roberto Carlos, que ele era amigo do Erasmo no começo da carreira. Que ele era demais exagerado em seus sentimentos (o que explica sua música sempre profunda) e eu sabia da parte da cultura racional, mas sabia pouco. Tim Maia é uma raridade de pessoa que eu gosto muito: aquelas que vivem intensamente e desmedidamente. pode ser uma perdição, mas o que não é? cada um se perde nesta vida a sua maneira. bacana foi ele que deixou um legado histórico e musical incrível para este país, que hoje em dia é mergulhado no arrocha. Ele foi tão sensacional que até as músicas de cornice dele são ótimas e tocantes. Não mexa na dor do homem! uma cornice de respeito. Como eu não vivi a era Tim Maia em sua totalidade, mas vivi a era Amy Winehouse, me lembrei muito dela e a comparo com o Tim por que ambos eram intensos demais para a vida,sensíveis ao extremo, talvez isso tenha acarretado as doses altas de drogas e de produções musicais excelentes. Não os julgo ou faço um discurso anti drogas por que é muito delicada essa questão no meio artístico. também não estou apoiando. na verdade eu lamento muito por eles terem partidos jovens. Ontem no final da série, fiquei com o choro entalado de emoção. Um artista brilhante, querendo ou não, trabalhou até o final da vida. O que eu gosto no Tim Maia é a verdade de seus sentimentos em suas músicas. Uma coisa que quase não existe hoje e já quase não existia na época dele. O próprio Roberto Carlos parecia uma coisa tão sem sal perto dele. Se ele nos deixou um aprendizado foi "viva a vida, afinal ela é pra ser vivida." Ele ganhou mais uma admiradora.
ps.: Ai, o Roberto Carlos é sem sal demais. e não é nada de herói como alguns críticos pintaram sobre a minissérie da globo. alias, vejo ele como um grande traíra.

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