sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A Defesa

hoje foi um dos dias mais singulares da minha vida, minha defesa de tcc. acordei cedo, fui tomar banho, endireitar minha roupa, me maquiar, repassar o texto da apresentação e arrumar a mochila com o note. verifiquei e respondi as mensagens de carinho dos meus amigos, pessoas que sempre torceram por mim. eu e minha mãe pegamos um taxi e fomos pra uepa. eu ouvia uma das minhas bandas favoritas e inspiração de força e coragem, madame saatan e, a cada verso cantado pela Sammliz, eu sentia toda a minha história fluir, minha tragetória até aquele momento. e baseada nas músicas do madame é que eu continuo essa descrição:
Eu estava indo pro meu fim, o fim que me restava, o fim que eu queria tanto ir e que consegui chegar, o fim que me cabia. Eu sabia que eu tava indo pro meu batismo de fogo. Passou pela minha cabeça todas as dificuldades, alegrias e tristezas que me levaram até lá. Me passou na cabeça o esforço do vestibular, os conflitos na universidade, os amigos, os inimigos, o quanto emprestei meu corpo meio destruído para noites e noites devorada pelo desespero, ordem as almas insones, como meus amigos. e lembrando de quantas vezes clamei pela presença divina do Deus-Diabo, para sanar meu silencioso desespero. e ai cheguei a uepa, num carrossel de emoções, muitos amigos, conhecidos,me receberam, me abraçaram, me distrairam. a ansiedade me invadiu como aquele rio na veia que dá no outro rio vermelho do coração... para a apresentação, tomei as forças de um rio, reuni toda a coragem, a mesma de enfrentar todo o percusso e chegar lá, e respirei. não me deixei envolver pelas águas de barro da morte. logo depois, a banca, com sua missão de moira, tecendo a roupa da vida e morte, enquanto isso, eu sorria em meu caos cm meus amigos e minha mãe lá fora. voltamos e ansiosa com meu destino, um mergulho no tempo que diz pra não voltar atrás, e aquela ansiedade igual luz que incomoda, a falta de fé invisível que atormenta, e no meio desta tormenta, fui aprovada! aplaudida! acabouuuu! minha mãe descreveu que assistir a minha defesa é tal qual um parto e que eu não saberia o que ela sentiu ao me ver sendo avaliada enquanto eu não tivesse meus filhos. sim, ao final chorei de alívio, felicidade, alívio de novo. não sei bem. beijos.

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